quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O novo governo brasileiro - o que pensa Dilma Russeff


Nosso país acabou de eleger um novo governo. Dilma Russeff será nossa presidenta e liderará um governo com uma coalizão inicial de 10 partidos com 311 deputados e 59 senadores. O resto do congresso esta dividido entre a oposição e , pelo menos ainda, os não alinhados.

O núcleo duro do novo governo deverá ser composto por nomes como Paulo Bernardo, Alexandre Padilha, Antonio Palocci, Fernando Pimentel e José Eduardo Cardoso. O perfil que Dilma deverá imprimir ao governo será o de foco nos resultados e a exploração de elementos de gerenciamento em sua comunicação, como planos e metas.   

Mas o que pensa Dilma Russeff sobre importantes questões como economia, educação, reforma tributária e distribuição de renda? Além de seu programa de governo que apresenta 13 compromissos e  que pode ser baixado aqui, abaixo disponibilizo um resumo  do pensamento de Dilma baseado na entrevista dela no programa Roda Viva do dia 28 de julho deste ano, e em declarações e entrevistas feitas durante a campanha.

EDUCAÇÃO
- Incentivo à leitura, volta das atividades de leitura
- Foco na qualidade, com valorização do professor com salários mais altos (elevar piso do magistério) e com formação continuada
- Criar escolas técnicas federais em todo município com 50 mil ou mais habitantes

REFORMA TRIBUTÁRIA
- Acredita que o sistema atual esta caótico
- Simplificar os tributos
- Diminuição da carga tributárias nas seguintes áreas:
Investimentos (o mais próximo de zero possível)
Folha salarial (sem afetar a previdência, o tesouro teria que compensar)
Energia elétrica (negociação com os estados sobre ICMS)
Remédios
- Uniformalizaçao do ICMS pelo país, com negociação junto aos estados
- Devolução imediata e automática de créditos tributários
- Ampliar enqudramento no supersimples

Ela acredita que a negociação com os estados e deverá envolver compensação, ao menos parcial. Também crê que caso a aprovação da reforma seja muito difícil certas medidas pontuais que não podem esperar seriam feitas (desoneração do investimento).

MÍDIA
- Regulação econômica para diminuir monopólios e oligopólios (novo marco regulatório)
- Nemhum tipo de restrição à liberdade de imprensa

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
- Crescimento da renda deve estar presente em todas as camadas, porém nas camadas mais baixas o crescimento deve ser maior
- Programas socias tem um papel chave
- Apoio a agricultura familiar tem um papel chave (financiamento, equipamento e compra de produtos)
- Formalização do trabalho (aumento da renda pelo trabalho)
- Acesso ao crédito

Se comprometeu com a erradicação da miséria (faxia da população com renda per caita de até 1/4 do salário mínimo, cerca de 19 milhões) 

SAÚDE
 - Completar a rede do SUS com instituições que ocupem o espaço funcional entre postos de saúde e hosptais.  Diminuindo a lotação e velocidade de consultas e exames. As instituições seriam:
UPAS -  unidades de pronto atendimento 24 horas
Clínicas especializadas
Policlínicas
- Criação da Rede Cegonha para atender e acompanhar a gravidez e as crianças com até 01 ano
- É a favor das organizações sociais
- Não prevê a volta da CPMF mas considera a saúde sub-financiada

CRISE INTERNACIONAL
- Países emergentes não devem cortar gastos 
- Países desenvolvidos devem cortar gastos mas sem prejudicar o crescimento para não afetar países emergentes
- O receituário dos países desenvolvidos não pode ser o memso aplicado aos emergentes. No caso brasileiro considera nossa dívida líquida sobre o PIB e o déficit nominal baixos em relação ao que vivem EUA,, Europa e Japão
- Temos que diminuir o endividamento mas na nossa velocidade e tendência atual 

BANCO CENTRAL
- Materá a autonomia operacional atual e o status de ministro do presidente
- É contra a formalização da independência

TAXA DE JUROS
- As taxas serão reduzidas mas com responsabilidade

Para garantir a diminuição das taxas o país precisa que manter a tendência atua decrescente da dívida/PIB e do déficit nominal. Caso isso ocorre e nós mantenhamos oc rescimento de taxas 5% +  acredita que em 2014 teremos taxas baixas no nível de países desenvolvidos.

META DE INFLAÇÃO
- Enquanto a conjuntura internacional for esta não é possível alterá-la
- Não mudará nada no curto prazo

ABORTO 
- A rede pública tem que atender até o limite da lei
- Se comprometeu em não propor alterações na legislação atual

CASAMENTO GAY
- Vê o casamento como um rito religioso que não cabe ao Estado interferir
- É favorável a união civil com extensão de direitos (ex.: aposentadoria do parceiro, herança, etc)

Quem não conhecia, agora já sabe o que a nossa presidenta pensa sobre esses importantes assuntos. Quem quiser conhecê-la um pouco melhor recomendo a leitura da reportagem perfil feita pela jornalista  Cristine Gentil e publicada no jornal Correio Brasiliense.


 




 






Nenhum comentário:

Postar um comentário